quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Resenha " Brás , Bexiga e Barra Funda " :)

Olá galerinha!!!!!!!!

Tudo bem???

Hoje o post aqui é bastante especial. Vou postar para vocês uma resenha da obra " Brás, Bexiga e Barra Funda " que eu produzi para um trabalho da facul. Para mim é MUITO importante vocês expressarem a opinião de vocês, ok???????? Eu quero críticas, e claro, elogios para poder saber onde eu tenho ou posso melhorar. Enfim, não esqueçam de opinar MUUUUUUUUUUUUITO, tá?

Segue a resenha:

Resenha da obra “ Brás, Bexiga e Barra Funda “ , de Alcântara Machado
Através de 11 histórias, onde se misturam contos e crônicas, o autor nos expõe o dia – a – dia dos imigrantes italianos da cidade de São Paulo. Todos os imigrantes moram nos três bairros que dão nome à obra. Podemos perceber, que o autor se empenhou bastante para que a obra ficasse o mais próximo possível da realidade, pesquisando e tentando se manter bem fiel à realidade, a obra busca contar não só as histórias de cada imigrante, mas também as dificuldades que todos eles tiveram que enfrentar para chegar onde estão hoje.  Antes de começar a escrever a obra o autor foi nos bairros do Brás, Bexiga e da Barra Funda em São Paulo, para realizar várias entrevistas com imigrantes italianos, que serviram de modelo para futuramente Alcântara Machado escrever a obra.

            Outra coisa bem interessante de se atentar nessa obra, é que antes da primeira publicação como livro propriamente dito, ela era publicada no jornal em forma de folhetins. Então, podemos concluir que inicialmente essa obra tinha um público – alvo bem específico, como o autor era assíduo leitor de jornais, buscou bastante inspiração para essa obra nos jornais, colhendo muitas informações do dia  - a – dia dos paulistanos. Os leitores da obra eram bem específicos. Fazendo uma análise do contexto social da época ( Final do século XIX e começo do XX) percebemos na leitura que a cidade estava começando a crescer e ofuscar o lugar da antiga capital Rio de Janeiro. A disputa naquela época era entre São Paulo e Minas Gerais, dentro da república café – com – leite.

            A obra retrata a cidade de São Paulo como um todo, focalizando a imigração italiana. A respeito dos personagens da obra, podemos afirmar que em sua maioria eles são bastante superficiais, o autor procura não se aprofundar muito, descrevendo apenas os aspectos principais como nome e procedência familiar. O espaço da obra é a cidade de São Paulo, mais especificamente os três bairros que já foram citados acima; os personagens, fazem um tour pela cidade, levando o leitor a acompanhá – los, o leitor acaba participando da história meio sem perceber. Muitos estudiosos criticam a maneira superficial que o autor trabalha com suas personagens nessa obra.Os personagens são apresentados por meio de retratos econômicos e em geral suas construções são feitas a partir de dados dinâmicos que são inseridos no enredo.
            Também é bem interessante analisarmos a linguagem que o autor usa. É utilizada uma linguagem que mistura o italiano com o português, a obra faz uma homenagem aos italianos e tenta ficar o mais próximo possível do real. São usados recursos estilísticos para que o leitor consiga imaginar a cena, ao mesmo tempo que a leitura está sendo feita. A linguagem foi recriada para ficar parecida com notícias de jornal. O narrador é em terceira pessoa, ora observador, ora onisciente.
            Em suma, a obra nos apresenta bastante pluralidade cultural. Misturando italianos com paulistanos e modificando a linguagem para que ela fique o mais próxima possível da original, o autor nos mostra que até hoje existe sim, muita pluralidade cultural no nosso país e principalmente na Literatura Brasileira.


Referências Bibliográficas
Autor: Alcântara Machado
Obra: Brás, Bexiga e Barra Funda
Nome da Editora: Estado de S. Paulo/ Klick Editora
Ano da Publicação: 1997

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Aquarela!!!!!!!!!!!!! :)

Olááááá,

Bom tarde meus blogueiros queridos, td bom com vocês?

Bom, no post de hoje resolvi fazer mais uma homenagem a mais um dos nossos grandes e queridíssimos poetas Modernistas: Vinicius de Moraes.... O que vocês pensam quando ouvem a palavra aquarela? Felicidade? Alegria? Tristeza? Cores? Hahaha! Vinicius foi um belo poeta e o mais legal é que ele fez de tudo um pouco.

Enfim, para todos nós curtimos um pouco da bela poesia de Vinícius, deixo vocês com a letra de " Aquarela " e logo abaixo também resolvi colocar um vídeo com essa linda música. Curtam e se emocionem o quanto quiserem, tá? Hehe!

Aquarela
Toquinho E Vinicius De Moraes

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo.
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva,
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva.

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel,
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul,
Vou com ela, viajando, Havaí, Pequim ou Istambul.
Pinto um barco a vela branco, navegando, é tanto céu e mar num beijo azul.

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená.
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar.
Basta imaginar e ele está partindo, sereno, indo,
E se a gente quiser ele vai pousar.

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida.
De uma América a outra consigo passar num segundo,
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.

Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar.

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá).
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá).
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (que descolorirá).


Beijocas divertidas, Razinha!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

As sem - razões do Amor

Boa tarde blogeiros!!!!!

Tudo bom?

O amor é um assunto que rende MUUUUUUUITA coisa, né? Ele já rendeu romances e poemas ótimos.... Mas vocês já pararam para refletir sobre esse sentimento? Será que ele só é capaz de nos proporcionar os dois extremos? - ou a felicidade ou a tristeza - Será que o amor também não abre espaço para outros sentimentos, por exemplo a raiva??? E a principal pergunta é: Precisamos ter uma razão para amar alguém?

Para ajudar nessa reflexão, eu deixo vocês com um poema do nosso genial Drummond! Espero que vocês curtam MUUUUUUITO! :) Hehe!

As sem – razões do amor – Carlos Drummond de Andrade

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
E nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.

Amor é dado de graça
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
E nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.


Eu te amo porque não amo
Bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
Não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
E da morte vencedor,
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor

Beijos, Ra